Você consegue imaginar uma mãe almoçando o próprio filho com a vizinha? Essa pergunta não é fruto da minha imaginação. Houve um tempo em Israel em que a fome era tanta, que duas mulheres decidiram comer seus filhos. Elas colocaram o plano em ação e, num dia, comeram um “filho acebolado”. No outro dia, quando seria a vez do filho da outra mulher, ela escondeu a criança, e a mulher que havia comido o seu buscou o rei para que ele obrigasse a outra mãe a revelar onde o filho estava.
Que loucura! O rei ficou tão chocado com essa história que rasgou suas vestes (II Reis 6.26-30). A fome levou essas mulheres a uma decisão monstruosa. O sofrimento as fez distorcer o amor e desfigurar a moralidade. Como o desespero pode corromper os relacionamentos familiares assim? Como a crise pode distorcer o amor entre pais e filhos?
Uma mãe jamais será desculpada por, em nome da fome, comer o próprio filho. A crise não é o fim. Existe um Deus que pode fazer por nós o que não conseguimos, mas precisamos quebrantar o nosso coração e clamar por Ele. A Palavra de Deus nos lembra: “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido” (Salmo 34:18).
Não tome decisões impulsivas no calor do sofrimento. O Senhor nos chama a confiar Nele, mesmo em circunstâncias desafiadoras, porque Ele pode abrir uma janela no céu como fez naquele tempo (II Rs 7.1,2). O Senhor Deus é o Único que pode levar a família a superar qualquer crise.
Soli Deo Gloria
Welton Cardozo