Se você pudesse ir embora, sem culpa, como seu legítimo direito, deixando esposa e filhos para trás, você iria? Depois de tudo o que viveu em família, você partiria sozinho para outro lugar ou ficaria com a família, sabendo que não poderia desfazer os laços depois?
No Antigo Testamento, havia uma lei que dava ao escravo o direito de ir embora após seis anos de serviço. Se o escravo entrasse solteiro, sairia sozinho; se entrasse casado, sairia com a esposa e filhos. Mas, se tivesse entrado solteiro, casado com uma mulher do senhor, ao final dos seis anos, poderia ir embora, mas a esposa e filhos ficariam (Êx 21.1-6).
O escravo tinha um dilema: ficar com a família e perder a liberdade, ou conquistar a liberdade e perder a família. Qual seria a sua decisão? Ele poderia recomeçar a vida em liberdade ou escolher ficar com a mulher e filhos. Família é substituível?
Essa situação revela se o amor é verdadeiro ou apenas superficial. Embora esse texto bíblico esteja aparentemente distante da nossa realidade, ele nos leva a refletir sobre decisões difíceis do amor. Hoje, você pode decidir ficar com a sua família, e se você fica, mesmo podendo se separar pelas leis dos homens, demonstra o verdadeiro amor. O homem e a mulher que se amam renovam a aliança todos os dias, como uma só carne que são. Tentar separar é como ferir a própria carne.
Esse amor que nos leva a superar tudo para ficar com a família, nos lembra que somos servos de Jesus. Porque O amamos, não O trocamos por uma falsa liberdade. Na dança do amor, devemos nos alegrar com Jesus, o cônjuge e os filhos para sempre.
Soli Deo Gloria
Welton Cardozo